Conquistas da CVB
De 15 a 28 de janeiro de 1942 ocorreu a III Reunião de Consulta dos Ministérios das Relações Exteriores das Repúblicas Americanas, realizada no Rio de Janeiro. Dentre as resoluções, destacam-se:
I – Que os Governos prestem todo apoio possÃvel ao maior desenvolvimento e fortalecimento de suas respectivas Sociedades Nacionais de Cruz Vermelha;
II – Que examinem a conveniência de utilizar as referidas Sociedades como organismos consultivos;
III – Que se consultem entre si, com a possÃvel brevidade a cerca dos meios utilizáveis para tornar praticável a 4ª Recomendação aprovada na reunião Consultiva de Havana;
IV – Que considerem de conformidade com as suas respectivas legislações internas, se os serviços prestados pela mulher à CVB em tempo de paz ou de guerra podem equivaler aos serviços militares prestados pelo homem.
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É solicitado ainda que seja a CVB declarada como única Instituição nacional qualificada para em qualquer emergência, na guerra como na paz, em casos de calamidade pública, prestar ao Governo o concurso voluntário das pessoas de boa vontade na sua ação de socorros, tomando isso fato de que todo serviço voluntariado em cooperação com o Governo só poderia tornar-se efetivo por intermédio da CVB.
Qualquer organização particular que tenha por fim socorrer os feridos vÃtimas da guerra, ficará subordinada à CVB.
A CVB centralizará o alistamento e o recrutamento das enfermeiras samaritanas, assistentes sociais e voluntárias socorristas para a construção do corpo de voluntárias como auxiliares dos serviços militares de saúde; às mulheres brasileiras – enfermeiras, samaritanas, voluntárias socorristas, Assistente Social da CVB – que tenham praticado serviços em tempo de guerra serão concedidas cadernetas de reservistas, nas condições estabelecidas em regulamento próprio sendo equivalentes às cadernetas dos reservistas de 2ª categoria do Exército.
A fim de facilitar a comunicação entre o Órgão Central e suas filiais no gerenciamento dos Comitês, o Ministro da Guerra pôs o serviço de rádio do Exército, em caráter exclusivamente oficial, à disposição do Órgão Central da CVB e das Filiais.
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Enfermeiras da CVB na Guerra
As Enfermeiras incorporadas à FEB foram na sua maioria alunas da Escola de Enfermagem da Cruz Vermelha Brasileira que, na linha de frente, mostraram competência, valor e disciplina, demonstrando amor à profissão. Dentre elas, destacamos Antonieta Ferreira (Enfermeira profissional), Carmem Bebiano, Elza Cansação Medeiros e VirgÃnia Portocarreiro (Samarinatas) e HeloÃsa Velar (Voluntária Socorrista).
Elza Cansanção Medeiros, em seu livro “E Foi Assim Que A Cobra Fumou…†afirma que a turma de Samaritanas de 1942 foi como uma turma de choque da sociedade, pois dela faziam parte moças das mais representativas famÃlias brasileiras e até estrangeiras e o curso foi puxadÃssimo, pois deveriam superar a falta de tempo, estudando o máximo.
Logo que a CVB teve ciência de que a Força Expedicionária Brasileira – FEB – seguiu para a Europa, tratou de organizar “Colis†a serem expedidos para os soldados hospitalizados e para os que lá se encontravam combatendo.
Somente em 1916, o Governo, autorizado pelo Congresso Nacional, concedeu à CVB o terreno que lhe fora requerido em 1911, situado no Morro do Senado e limitado pela então Praça Vieira Souto e ruas Henrique Valadares, Prefeito Barata (hoje Ubaldino do Amaral), Carlos de Carvalho e Carlos Sampaio. Ficou assim a CVB possuindo o vasto terreno onde hoje está o edifÃcio de sua sede central, que tem a área de 6.789 m2.
Inicialmente nesse local foi erguida uma construção com frente para a Rua Prefeito Barata, destinada a Escola Prática de Enfermeiras e servir de sede provisória da Sociedade, inaugurada em 3/5/1917. Anexo à Escola, foi instalado um dispensário com assistência médica gratuita, servindo ao mesmo tempo para o ensino prático do Curso de Enfermagem.
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CONSTRUÇÃO DA SEDE
Após a eleição da nova diretoria em 1918, sob a presidência do Dr. Miguel Calmon, mereceu atenção especial à construção do novo edifÃcio que abrigaria a sede da Entidade.
Em 1919, deu-se inÃcio à construção do prédio definitivo, até hoje em funcionamento e no qual, em junho de 1924, algumas atividades ambulatórias foram transferidas para o primeiro andar. Somente em 1930 a sede foi totalmente ocupada.
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ATUAÇÕES DA CRUZ VERMELHA BRASILEIRA EM CONFLITOS INTERNOS, INTERNACIONAIS E GUERRAS
Agradecimento pelo apoio da CVB
Abaixo a transcrição da carta do General Mascarenhas de Moraes (Comandante em Chefe no Front italiano) ao General Ivo Soares, presidente da Entidade.
“Itália, 15 de março de 1945. Exmo. Sr. General Ivo Soares – Presidente da Cruz Vermelha Brasileira. Dentre as instituições que mais se destacaram no Brasil pela assistência que tem procurado dar aos saldados expedicionários, está a Cruz Vermelha Brasileira de que V.Exa é digno Presidente. Ainda agora acabo de receber, para serem distribuÃdos aos nossos soldados excelentes agasalhos e utilidades, cujo total, até o momento, monta cerca de cinco toneladas de artigos diversos. Além da valiosa contribuição, não posso deixar de mencionar o carinho dispensado pela Cruz Vermelha Brasileira à s nossas jovens e abnegadas enfermeiras que, nos Hospitais deste Teatro de Operações, levam diariamente aos nossos doentes e feridos o conforto da presença da amiga da mulher patrÃcia, tão nobre nos seus sentimentos como decidida na sua ação. Por todos esses serviços, o Comando e a Tropa Expedicionária Brasileira têm motivos suficientes para reconhecer e proclamar a valiosÃssima cooperação e dedicada assistência que lhes são prestadas pela Cruz Vermelha, cuja benemerência deve constituir um tÃtulo de honra e orgulho para V.Exa. e para todos os que trabalham nessa famosa e respeitável Instituição. Agradecemos em meu nome e no da Força que tenho a honra de comandar, os presentes e a solidariedade da Cruz Vermelha Brasileira, peço que aceite e transmita aos colaboradores de V.Exa. as expressões de nosso grande reconhecimento e elevado apreço. Do camarada e admirador, [Assina] General Mascarenhas de Moraes.â€
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Como consequência da guerra, coube à CVB prestar a colaboração no trâmite de facilitar o ingresso no paÃs de crianças em situação precária ou refugiadas na Europa, sendo concedido pelo Presidente da República do Brasil à CVB esse atributo, em 1944, e passa a manter entendimentos com o Ministério das Relações Exteriores para a recepção das crianças.
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O soldado Tertuliano de Oliveira, da Força Expedicionária Brasileira, agradeceu os presentes enviados pela CVB. Sua carta foi transcrita no jornal Correio da Manhã.
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Em dezembro de 1946 o então Presidente da Liga de Sociedades de Cruz Vermelha, Basil O’Conner, agradeceu a colaboração da CVB durante a 2ª Guerra Mundial.
Guerra do Contestado – 1914
A Guerra do Contestado foi um conflito armado entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro travado entre 1912 a 1916, numa região rica em erva-mate e madeira, disputada pelos estados brasileiros do Paraná e de Santa Catarina.
Em 1914 a Cruz Vermelha Brasileira – CVB – iniciou campanhas de arrecadação de donativos para os feridos da Guerra do Contestado. Contou com a colaboração da Cruz Vermelha Espanhola que organizou a Comissão Central Cooperadora para ajudar nas atividades, com o apoio do Ministério da Guerra para levar os donativos até os necessitados.
Naquele perÃodo, a CVB ainda funcionava em sua sede provisória na Av. Rio Branco e estava desaparelhada. No mesmo ano foi criado o Comitê das Damas da CVB, tendo a neta de Anita Garibaldi como uma das sócias fundadoras e a Condessa de Souza Dantas foi eleita Presidente da Sessão Feminina, cujo objetivo era iniciar o primeiro curso para formar o corpo de Enfermeiras Voluntárias.
Uma conquista para a Entidade foi o Ministério da Guerra ter autorizado a frequência de senhoras enfermeiras voluntárias da CVB no Hospital Central do Exército para auxÃlio aos feridos.
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1ª Guerra Mundial – 1914 a 1918
Quanto à participação da CVB na 1ª Grande Guerra, se destaca a arrecadação e encaminhamento de recursos financeiros para o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), em Genebra, para ações juntos aos feridos das nações beligerantes da 1ª Guerra Mundial.
Um fato curioso na época é que alguns sócios da CVB se afastaram da Entidade por acreditar que seriam obrigados a prestar auxÃlios à s vÃtimas da Guerra.
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Por ser a CVB parte da Defesa Nacional no Estado de Guerra, em que se encontrava o Brasil naquele perÃodo, facilitou a ampliação de novas filiais, abertura de escola de enfermeiras profissionais. A CVB já contava com uma Filial em São Paulo e em 1916 novas filiais foram criadas: Amazonas, SÃrio-Brasileira (no Rio de Janeiro), Paraná, Sergipe, Minas Gerais e as municipais de São José dos Campos (SP), Cachoeira (SP) Santos (SP).
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Revolução Constitucionalista – 1932
A Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 1932 ou Guerra Paulista, foi o movimento armado ocorrido no Estado de São Paulo, entre os meses de julho e outubro de 1932, que tinha por objetivo a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas.
Com o objetivo de minimizar os problemas que ora a população enfrentava, o Órgão Central da CVB enviou um apelo ao Chefe do Governo Provisório para que a CVB auxiliasse no serviço de socorros aos feridos e necessitados durante a Luta. Pôs-se, ainda, como intermediador entre a coletividade feminina e o Governo brasileiro na esperança de uma pacificação entre os brasileiros.
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Em sua ação humanitária, CVB atendeu ao apelo de socorro aos prisioneiros na Ilha Grande com doação de roupas, cujo contingente havia passado de 2.000.
A Filial da CVB em São Paulo teve material apreendido durante a Revolução e a Filial do Rio Grande do Sul doou recursos para as vÃtimas da Revolução em SP.
Como consequência da Revolta, a Instituição teve de transferir a realização da III Conferência Pan Americana de Cruz Vermelha no Brasil, marcada para aquele ano, que só ocorreu em 1935.
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2ª Guerra Mundial – 1939 a 1945:
·        Comissão Central de Socorros de Guerra
Irrompendo a Guerra na Europa, em setembro de 1939, o Comitê Internacional de Cruz Vermelha (CICV) e a então Liga de Sociedades Nacionais de Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho – hoje Federação Internacional – lançaram apelos à s Sociedades Nacionais. A CVB respondeu ao apelo reunindo em sua sede lÃderes de colônias estrangeiras domiciliadas na então Capital do paÃs e Embaixadores para constituÃrem o “Comitê de Socorros†à s vÃtimas da guerra, que funcionou na sede da Entidade, assim constituÃdo: Cacilda Martins, Stela Guerra Durval, Hortência de Mello Cerqueira, Claire Ferrez, Laiz Netto dos Reis, Zélia Washington de Souza, Alice Daniel de Carvalho e Dr. Carlos Eugênio Guimarães, então Secretário Geral da CVB.
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A Comissão tinha objetivo de angariar, embalar e expedir para Europa material de socorros enviado pelos diversos comitês estrangeiros. Os primeiros Comitês estrangeiros a se organizarem foram o alemão, austrÃaco, belga, britânico, helênico, holandês, italiano, norueguês, polonês, russo, suÃço, tcheco, escandinavo, hebreu brasileiro, Exército da Salvação.
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Uma vez organizados esses Comitês estrangeiros da então Capital Federal, foram se organizando outros comitês nos estados, que funcionavam sob a supervisão das Filiais Estaduais ou de representantes da CVB, nos locais onde não havia Filial. À CVB cabia a incumbência de fiscalizar e embalar os donativos, preparando os “colis†[do francês pacote], contendo artigos de uso geral, roupas, medicamentos e materiais cirúrgicos.
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Foram convidadas personalidades de destaque, na época, para cooperar com a campanha da CVB. Ernesto Fontes (empresário), Ernesto Pereira Carneiro (Jornal do Brasil), entre outros.
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A CVB teve grande colaboração do Lloyd Brasileiro, sob a direção do Vice-Almirante Heráclito da Graça Aranha, por transportar gratuitamente as primeiras remessas de “colis†da Entidade até que o Brasil entrasse na Guerra.
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À medida que os paÃses iam entrando no conflito, não foi possÃvel mais enviar as doações diretamente à s Sociedades Nacionais, pois os portos europeus estavam interditados.
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Por iniciativa da Cruz Vermelha Venezuelana, por intermédio do Ministério das Relações Exteriores, consultou-se a todas as Sociedades Nacionais da América sobre a possibilidade de serem enviados socorros à s vÃtimas da guerra numa ação conjunta, o que foi aderido pela CVB. Todos os paÃses do continente americano passaram a enviar seus donativos para o CICV. Este designou um Delegado em Portugal, onde somente atracavam os navios brasileiros, a fim de distribuir os donativos para os paÃses consignados no “navicertâ€, documento exigido pelo Consulado britânico, por ter ficado a Inglaterra como fiscalizadora dos portos europeus.
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A Cruz Vermelha Americana ofereceu a base de suas delegações na Europa, Marselha e Paris como locais para envio de donativos.
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Durante o perÃodo de guerra, no ano de 1942 o Comitê Internacional da Cruz Vermelha designou o Sr. Eric Haegler, cidadão suÃço e residente no Rio de Janeiro para ser Delegado no Brasil, a fim de assistir os internados estrangeiros por ventura existentes em razão da ruptura das relações diplomáticas entre o Brasil e a Alemanha. No mesmo perÃodo, foi criada uma Delegação do CICV para a América Latina em Buenos Aires, sob a direção de J. de Chambrier.
Serviço de Busca de Paradeiro
O Serviço de correspondência e investigação individuais, inicialmente dirigido aos prisioneiros, enfermos e feridos de guerra localizados em campos de concentração dos paÃses agressores, bem como para os refugiados nos paÃses neutros e também prisioneiros nos paÃses aliados, até meados de 1946 atingiu a cifra de 72.527 mensagens recebidas e 22.575 remetidas. Era organizado pelas Sra. Stella Guerra Duval desde a sua criação em 1939. Dada à grande procura pela CVB dos refugiados no Brasil por notÃcias de parentes no exterior, desmembrou-se o Setor criando-se o Serviço Social de Correspondência a cargo da Sra. Anna Maria Cavalcanti.
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A Força Aérea Brasileira solicita ajuda da CVB para conseguir notÃcias sobre dois oficiais da FAB que foram obrigados por motivo de ordem técnica a abandonar os aviões e descer de paraquedas, sendo aprisionados pelas forças alemães. Tratavam-se do 1º Tenente Aviador Roberto Brandini, gravemente ferido na cabeça por um estilhaço de artilharia antiaérea, e do o Capitão Aviador Theobaldo Kopp.
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Posteriormente a CVB colaborou na reunião de famÃlias separadas pela Guerra e na localização de pessoas.
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Pós Guerra
Mesmo tendo terminada a Guerra, a CVB continuou com os trabalhos da Comissão de Socorros enviando os colis para a Europa, que gradativamente se recuperava.
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Em 1952, em obediência à s Resoluções XXXI da Conferência Internacional de Cruz Vermelha, em Estocolmo em 1948 e a XXI Conferência de Hanover, em 1951, foi criada a Assistência JurÃdica Internacional da Cruz Vermelha Brasileira, cuja finalidade era garantir aos refugiados, apátridas, deslocados da guerra e outras vÃtimas civis da guerra a assistência jurÃdica necessária.
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Guerra Civil no Paraguai – 1947
A guerra civil paraguaia foi um conflito no Paraguai entre março e agosto de 1947. Na noite de 07 de março de 1947, jovens atacaram a Delegacia Central de PolÃcia e o Colégio Militar em Assunção e militares, acusando o presidente de não ter cumprido a promessa feita à s Forças Armadas de convocar uma Assembleia Constituinte. Logo o movimento recebeu apoio de estudantes, do Partido Comunista, dos liberais e da maioria das unidades militares localizadas no Chaco. O paÃs e as Forças Armadas se dividiram e em pouco tempo uma violenta guerra civil assolava o Paraguai.
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Por fazer divisa com nosso paÃs, o Prefeito de Ponta Porá (interior de Mato Grosso) pediu auxÃlio à CVB para socorrer os feridos e prisioneiros da guerra. A CVB enviou uma Delegação para entregar medicamentos e atuou durante toda a crise.
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A CVB arrecadou recursos e para serem encaminhados a Assunção, porém ficaram detidos no Comando da Força Federal, em Ponta Porã. Após entrevista com o ministro da Guerra, encaminhou o Delegado Dr. Moacyr Renault Leite para entrega de donativos à s vÃtimas da guerra civil.
O ex-prefeito da cidade, Dr. VinÃcius Nascimento, foi nomeado representante permanente da CVB para distribuir os donativos.
Ministério da Justiça aceita oferecimento de ajuda da CVB para auxiliar o Governo no socorro aos refugiados paraguaios em Ponta Porã.
Acolhimentos de Vietnamitas – 1979
A CVB acolheu 37 refugiados Vietnamitas resgatados por navio brasileiro no mar da China, alojando-os em sua sede. Chegaram ao Brasil sob a égide do Alto Comissariado de Refugiados das Nações Unidas e recomendado pela então Liga de Sociedades de Cruz Vermelha.
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CVB cadastra voluntários brasileiros para possÃvel atuação na Guerra do Golfo – 1991
Atendido o Apelo da Federação Internacional de Cruz Vermelha para que a CVB cadastrasse voluntários brasileiros para ações na Guerra do Golfo (Região do Golfo Pérsico), que totalizaram 3.525 interessados, de 20 a 31 de janeiro.
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Resgate de Brasileiros durante conflito armado na Nicarágua
Em julho de 1979, a pedido do Itamaraty, que fretou um avião Boeing 707 da Cruzeiro do Sul, a CVB realizou em pleno conflito armado a proteção e assistência no regaste de 41 brasileiros (mulheres e crianças) residentes na Nicarágua. Chefiou a missão, representando a Diretoria Nacional da CVB o Conselheiro Ary Azevedo de Moraes e a Enfermeira Aracy Carmen Pereira, Diretora da Escola de Enfermagem.
Resgate de três brasileiros mantidos reféns pela UNITAS – 1983
De 14 a 19 de junho de 1983 a Presidente da CVB, Mavy Harmon, viajou para a Ãfrica do Sul acompanhada do Sec. Adm. Sr. José Menezes Ferreira e do Voluntário José Hosana C. Fonseca para acompanhar o retorno dos três brasileiros libertados pela UNITAS, por interveniência da CVB.
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Segundo Harmon, durante uma reunião com representantes da UNITA em Londres, meses antes, enviara um apelo ao Dr. Jonas Malheiro Savimbi para a libertação de três brasileiros mantidos por sua organização. Já em Johannesburg, os emissários da CVB, com a total cooperação da CV da Ãfrica do Sul, foram ao Campo resgastar os três brasileiros. Era intenção dos emissários da CVB pedir a libertação de mulheres e crianças tchecas, cuja soltura vinha sendo negociada pelo CICV. O apelo da CVB acabou sendo aceito pelo Dr. Savimbi.
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As primeiras ações de socorros e de assistência social da CVB começaram em 1914 com a constituição da Seção Feminina da CVB. Em seguida, iniciaram-se campanhas de arrecadação de donativos e recursos financeiros enviados e aplicados durante a Guerra do Contestado, a 1ª Guerra Mundial, Hospital de Indigentes do Ceará (1915), Liga Brasileira Pró-Germânia, Associação aos Pobres e Crianças e à s vÃtimas do desabamento do York Hotel, no Rio de Janeiro em 1917.
ATUAÇÕES DE SOCORROS E ASSISTÊNCIA SOCIAL DA CRUZ VERMELHA BRASILEIRA
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Assistência a refugiados no Consulado da Suécia (RJ)
Durante o incidente da ocupação do Consulado da Suécia (RJ) por refugiados Sul Americanos, ocorrida em 1979, a CVB, a pedido dos refugiados e com o consentimento do Cônsul sueco, forneceu alimentos e assistência médica, embora se tratasse de refugiados polÃticos, de responsabilidade do Alto Comissariado das Nações Unidas.
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Acolhimento de Vietnamitas – 1980
Pedido das Nações Unidas à CVB para receber vietnamitas resgatados no mar da China, pelo navio DOCEBAY, da DOCENAVE em julho de 1980. Mais uma vez a CVB acolheu 14 refugiados vietnamitas, os quais foram recebidos no Porto de Tubarão, no EspÃrito Santo, por uma comissão da Entidade e dois intérpretes vietnamitas, que os conduziram para o Rio de Janeiro, onde o grupo, posteriormente, fixou residência.
CVB indica Delegados brasileiros para atuar no Continente Africano – 1981
Atendendo a solicitação da LIGA de Sociedades de Cruz Vermelha e do COMITÊ Internacional de Cruz Vermelha, dentro do Programa de Assistência ao Sudeste da Ãfrica (1981), a Cruz Vermelha Brasileira fez o recrutamento e enviou os seguintes Delegados brasileiros para ajudarem as Sociedades Nacionais daquele Continente, sem ônus para a Entidade: Sebastião Corrêa da Silva Filho, mecânico, para Angola; Roberto Dellane Gomes, jornalista, para Angola; José Carvalho de Noronha, médico, para Moçambique; Célia Maria de Almeida, médica, para Moçambique.
Assistência a marinheiro inglês durante a Guerra das Malvinas – 1982
CVB dá assistência ao marinheiro inglês ferido na guerra das Malvinas, conforme previsto nas Convenções de Genebra.
Resgate de brasileira mantida refém pela UNITAS – 1983
No ano de 1983, a intermediação da CVB permitiu que religiosas brasileiras, uruguaias e espanholas fossem libertadas pela UNITAS grupo revolucionário da Ãfrica do Sul.
Resgate de brasileiras mantida refém pela UNITAS – 1986
Atendido com sucesso o pedido do Itamaraty para a CVB intercedesse junto à UNITA (Grupo Revolucionário da Ãfrica do Sul) para liberação de duas missionárias brasileiras, em 1986.
Emissão de Laissez Passer – 1984
Emissão de LAISSEZ-PASSER (Documento de viagem concedido ao estrangeiro portador de documento de viagem não reconhecido pelo governo brasileiro ou que não seja válido para o Brasil, expedido por paÃses com os quais não se mantém relação diplomática.) ao Sr. Cao Hong Phouc, de origem vietnamita e que se encontrava sob a proteção da Cruz Vermelha, que recebeu asilo e visto de permanência no Brasil, após seu salvamento no Mar da China por navio de bandeira brasileira, e não possuia passaporte e pretendia emigrar para a Austrália, para onde recebeu o visto de ingresso. Não constituiu este documento prova de nacionalidade, mas somente é expedido para possibilitar a saÃda do Brasil e ingresso na Austrália.
CVB possibilita comunicação entre prisioneiro de guerra e sua famÃlia brasileira – 1995
Com a interveniência da CVB, o Cap. Harley Alves, da Força de Paz na Yuguslavia, preso por uma das forças em conflito, conseguiu se comunicar com sua famÃlia utilizando-se das Mensagens de Cruz Vermelha, amparadas pelas Convenções de Genebra nesses casos.
1ª Guerra Mundial
Logo depois de ter o Brasil feito a declaração de guerra à Alemanha e impérios centrais, o Conselheiro da CVB, Dr. Rodolpho Chapot Prevost foi nomeado para representar a Instituição junto ao Ministério da Guerra e da Marinha. Por sua vez, o Ministro da Guerra nomeou o Major Médico Getúlio dos Santos e o da Marinha, o Capitão de Corveta Médico Dr. Arthur Pires de Amorim para servirem como representantes desses Ministérios junto à CVB. Esses três médicos constituÃram a Comissão Mista, encarregada de estudar todas as questões relativas ao modo de funcionar a Sociedade a sua preparação para o serviço de guerra.
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As senhoras da CVB constituÃram uma comissão de costura e preparo de roupas, agasalhos para formar o estoque da CVB, em caso de mobilização. O ponto de reunião da seção de costura foi o Colégio Immaculada Conceição, em Botafogo, Rio de Janeiro. O material foi encaminhado para a Europa com a colaboração de outas Sociedades Nacionais.
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Embora tenha formado grupos de enfermeiras, não mobilizou e nem enviou pessoal porque o paÃs não chegou a enviar tropas para o campo de operações, e a missão médica, chefiada pelo Dr. Nabuco Gouveia, não cogitava de enfermeiras.
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O Relatório da Comissão Mista revelou que a formação de “enfermeiras tem sido levada a efeito nos últimos quatro anos, podendo a Sociedade dispor de cem enfermeiras voluntárias que por sua vez auxiliariam e guiariam os serviços de auxiliares aprendizes, na proporção de uma para quatro, resultando daÃ, um total aproximado de quinhentas senhoras para os trabalhos de saúde de guerra.
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O pessoal médico será constituÃdo pelos professores da Escola de Enfermeiras e por médicos civis que atenderem à inscrição aberta.
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Em relação ao material, alguma coisa tem produzido a CVB, que já possui um estoque tão grande e continua em plena execução.
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Julgamos a necessidade de a CVB dilatar seu programa de ensino criando curso de padioleiro (…) a Sociedade já conta com dezesseis Filiais, algumas perfeitamente aparelhadas para qualquer eventualidade, como as de São Paulo, Santos, Paraná e Petrópolis. †[1918].
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O Serviço de informações e correspondência a estrangeiros durante a guerra foi o ponto alto do trabalho desenvolvido pela CVB.
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Em 11 de julho 1917 recebeu a CVB o primeiro pedido de informações sobre o paradeiro do alemão engenheiro Paul Leck. Em seguida, sucederam-se o recebimento de mais de 1.224 pedidos.
Epidemia de Gripe em 1918.
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Segundo o Diretor da Escola de Enfermeiras, Dr. Getúlio dos Santos, ao irromper a epidemia da gripe na cidade do Rio de Janeiro, em meados do mês de outubro, propôs à Diretoria da CVB a instalação de enfermarias na sede da Escola, dada à falta de postos de socorros públicos, além da Santa Casa de Misericórdia.
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Aceita a proposta, foram colocados os primeiros leitos no barracão anexo ao edifÃcio da Escola e a imediata distribuição gratuita de medicamentos para combater a epidemia. O Primeiro doente a ser registrado foi Pedro Cardoso de Azevedo.
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A CVB deu conhecimento de sua resolução no combate a epidemia aos Diretores de Saúde Pública, Higiene e Assistência Municipal e Geral de Saúde de Guerra.
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Dado ao aumento na procura por ajuda, foi necessário transformar as salas de aulas em enfermaria, suspendendo temporariamente os serviços de curativos, que passaram a ser feitos na PoliclÃnica Militar.
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No momento mais agudo da epidemia, uma avalanche de gente apavorada procurava a CVB para consultar-se, receber medicamentos ou internar-se nas nossas salas.
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Este trágico trabalho, a portas cerradas, para evitar a invasão de uma onda de gente aterrorizada. Tudo nesse tempo era sombrio, os boatos sobre a natureza do mal traziam suspenso o espÃrito público, as opiniões sobre o tratamento variavam, as mortes se sucediam e cadáveres aos montes permaneciam insepultos.
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E para o cúmulo das dificuldades, os empregados da CVB haviam adoecido nos primeiros dias, em compensação, pessoas abnegadas e desinteressadas vinham oferecendo os seus préstimos.
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Pelo que foi apurado nas primeiras estatÃsticas, foram distribuÃdos medicamentos a 4.084 pessoas, além do fornecimento feito a diversas corporações como a Guarda Civil, as 1ª e 3ª Delegacias Auxiliares e o Posto de Socorros de Copacabana.
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Em relação aos enfermos, totalizaram 105, com 14 óbitos, que já se encontravam em estado gravÃssimo e com muitos dias adoentados, sem assistência.
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As formas clÃnicas dos internos variavam, ou seja, casos de hipertermia, reumática, a nervosa, a traqueobrônquica, pulmonar e hemorrágica. O tratamento clássico constava de purgativo inicial, quinino e aspirina ou outros analgésicos e antipiréticos, benzoato de sódio, acetato de amônio, além do trivial anti-infeccioso.
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De infecção gripal faleceu a aluna enfermeira Cherubina Angélica Guimarães, que nos primeiros dias da epidemia auxiliou nossos trabalhos.
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O próprio Diretor da Escola de Enfermeira, Dr. Getúlio dos Santos, foi acometido pelo mal epidêmico e obrigado, por recomendação médica, a recolher-se ao leito, sendo substituÃdo pelo Dr. Estellita Lins.
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Inundações em Minas Gerais, Bahia e Seca no Nordeste – 1919.
A CVB enviou em missão de socorros o Dr. Estelita Lins para representa-la na distribuição de socorros à s vÃtimas da inundação do Rio São Francisco e outros cursos d’água do interior, vitimando populações ribeirinhas nos Estados de Minas Gerais, Bahia e Sergipe, ocorrida em fevereiro de 1919.
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No mesmo ano, repetia-se o flagelo da seca no nordeste brasileiro. A CVB encaminhou para a Filial do Estado do Ceará duzentos e dez volumes com doze toneladas de gêneros alimentÃcios. Para o Estado do Rio Grande do Norte, noventa e cinco volumes e cinco e meia toneladas de gêneros alimentÃcios para serem distribuÃdos.
Dentre as ações, destacam-se ainda, as seguintes atuações, na ordem cronológica:
Socorros Nacionais
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1931 – Catástrofe da Ponta da Armação (Niterói, RJ) [explosão de munições de guerra];
1932 – Socorro aos flagelados do Nordeste; aos prisioneiros na Ilha Grande (RJ) com doação de roupas, cujo contingente havia passado de 2.000;
1940 – Inundação da cidade de Juiz de Fora;
1948 a 1949 – aos flagelados da Zona da Mata – Estado de Minas Gerais;
1949 – Catástrofe no Estado de Alagoas; inundação no Estado do Amazonas;
1953 – Socorro aos flagelados da seca no Nordeste; e à s vÃtimas do incêndio ocorrido na Favela do Esqueleto, Rio de Janeiro (1953);
1960 – Socorro aos flagelados da seca no Nordeste;
1962 – Catástrofe no Circo Americano, em Niterói (RJ);
1965 – participação da CVB no Programa Alimentos para a Paz, em cooperação com a CV Americana; inundações no sul do paÃs;
1969 – aos moradores vÃtimas do incêndio da Praia do Pinto/RJ; socorro aos Flagelados de Alagoas;
1970 – Missão Médica para os Ãndios da Amazônia, em parceria com o CICV, estimado em 2 milhões e trezentos mil francos suÃços (1970 a 1974);
1971 – socorro aos flagelados do temporal que assolou a Guanabara e o Estado do Rio de Janeiro;
1974 – atendimento à s vÃtimas das enchentes, em trabalho conjunto com o GEACAP (Grupo Especial de Auxilio em Calamidades Públicas), nas regiões do Sul (RS, SC) e Norte (PA);
1976 – ajuda à s vÃtimas da seca no Nordeste e Vale do Jequitinhonha;
1979 – campanha de ajuda à s vÃtimas das enchentes no Norte Fluminense, EspÃrito Santo, Minas Gerais e Nordeste, em parceria com o GEACAP e CEDEC;
1983 – assistência à s vÃtimas das enchentes no sul do Brasil;
1983 a 1985 – Operação Nordeste
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– FASE III da Operação Nordeste (“CRIANÇAS DA SECAâ€). Através da distribuição de “Caixas Familiares†e “Sementesâ€, na Primeira e Segunda fases da Operação Nordeste, milhares de sertanejos sobreviveram. Embora a seca tivesse deixado marcas bem visÃveis nos nordestinos, particularmente na zona rural, a chegada das chuvas trouxe um novo surto de esperança para aquele interior tão dependente de condições climáticas favoráveis. A terra torna-se fértil e a colheita de milho e feijão, após cinco anos de seca, permitiu, até certo ponto, a recuperação fÃsica dos adultos.
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– Contudo, esta recuperação não tingiu a maior parte das crianças. Para elas os sintomas da seca continuavam: falta de alimentação adequada; subnutrição; doenças causadas pela subnutrição. Milhares de crianças morreram e milhares ficaram marcadas para sempre pela falta de uma alimentação eficiente.
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– Diante desta trágica constatação e para procurar minimizar o aparecimento de sequelas irreversÃveis de uma geração de nanicos ou mesmo reduzir os alarmantes Ãndices de mortalidade, a CVB planejou, com o apoio da LIGA de Sociedades de CV, o Programa “Crianças da Seca†– 3ª Fase da Operação Nordeste, voltada para o atendimento de crianças de 0 a 14 anos, nutrizes e gestantes.
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– Com uma previsão inicial de 6 remessas mensais a partir de abril de 1985, posteriormente, devido a uma sobra de aveia em flocos e leite em pó, a CVB determinou a fabricação de mais uma partida de mingau, constituindo-se numa 7ª remessa.
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AREAS DE ATUAÇÃO
CEARÃ: 32 MunicÃpios, 53.063 Beneficiados.
RIO GRANDE DO NORTE: 19 MunicÃpios, 39.990 beneficiados.
PIAUÃ: 3 MunicÃpios, 25.887 beneficiados
ALAGÔAS: 8 MunicÃpios, 72.137 beneficiados
DOAÇÕES RECEBIDAS
EM MOEDA
US$ 1.195.860,00
FS$ 50.500
EM MERCADORIA
Aveia em flocos –     1.740.000,000 Kg
Leite em pó -                550.000,000 Kg
Farinha de Peixe-Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â 30.000,000 Kg
MATERIAL INDUSTRUALIZADO
Mingau -Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â 2.206.532,000 Kg
Sopa – Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â 747.846,000 Kg
Balanço final:
Histórico                                 Valores (CR$)
Despesas da 3ª Fase.                        7.330.796.196,35
Doações Recebidas do Exterior                 3.936.830.620,00
Doações recebidas no paÃs                    1.753.256.135,35
Recursos da Cruz Vermelha                    1.640.709.441,00
CR$ 28,496=USD 2,06
1988 – Campanhas SOS Acre e SOS Petrópolis, que começara em fevereiro, foram distribuÃdos mantimentos, material de higiene, roupas, medicamentos, colchonetes, cobertores, calçados e água em 146 abrigos. A arrecadação da Campanha SOS Rio chegara a Cz$ 30.000.000,00 (trinta milhões de cruzados), que cobriram todas as despesas da Operação;
1989 – Operações de socorros SOS/Rio, SOS/Acre, SOS/Jequitinhonha e SOS/Pantanal;
1990 –Atendimento à s vÃtimas das chuvas na Cidade de Itapevi (BA), situada a 400 km de Salvador, sendo a única Entidade que conseguiu chegar à quela localidade com um comboio conduzindo voluntários e mantimentos e realizando palestras de atenção primaria de saúde;
Operação Ararajuba, ação comunitária que obteve excelente repercussão nos meios universitários, pois se inscreveram 1.300 estudantes, dos quais 670 atuaram em 64 cidades, dentro da nova filosofia de se deixar nessas cidades, postos instalados de Cruz Vermelha. Recebeu referências elogiosas inclusive do Presidente da República através do rádio;
1991 – A Operação Ararajuba II tivera atuação em 64 cidades de 14 Estados, beneficiando de forma direta uma população de 360.000 pessoas;
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1996 – Ações de socorros. Encaminhamento de gêneros alimentÃcios para os desabrigados das enchentes no Bairro de Jacarepaguá, Rio de Janeiro;
1997 – Ações de socorros. Encaminhamento de três toneladas de roupas e alimentos não perecÃveis aos desabrigados das enchentes em Campos/RJ;
Ações de socorros. Encaminhamento à Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro de 13.653 kg em gêneros alimentÃcios e roupas para desabrigados no Estado;
Ações de socorros. Encaminhamento de 5.425 fardos de roupas e 5.500 kg de alimentos não perecÃveis para a Defesa Civil de Belo Horizonte para as vÃtimas das enchentes em Minas Gerais;
1998 – Ações de socorros. Encaminhamento de 15.574kg. de roupas e alimentos não perecÃveis para o Posto da CVB em Massapê, CE.
Ações de Socorro – a CVB socorreu as vÃtimas das enchentes nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espirito Santo;
2002 – Participação da CVB no Projeto Amazônico. Desde setembro de 1997 a Delegação Regional para América do Sul da Federação Internacional de Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, conjuntamente com as Sociedades Nacionais de Cruz Vermelha da BolÃvia, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela e, agora, o Brasil, com o apoio financeiro da Cruz Vermelha da Finlândia, Espanha, Noruega e Estados Unidos, vem desenvolvendo o Programa Amazônico, cujo objetivo é melhorar a qualidade de vida da população vulnerável da região e fortalecer a capacidade das instituições locais, inclusive da Cruz Vermelha Brasileira, para fazer frente aos desafios do desenvolvimento social de uma maneira participativa e sustentável. A Filial da CVB no Estado do Pará, sob a coordenação da Sra. Marilene de Brito Malheiros, participou do projeto.
Socorros Internacionais:
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1939 – A CVB encetou campanhas para as vÃtimas do terremoto no Chile;
1939 a 1945 – Campanha em favor das vÃtimas da 2ª Guerra Mundial;
1942 – Campanha em favor das vÃtimas do terremoto no Equador;
1944 – Campanha em favor das vÃtimas do terremoto de San Juan Argentina;
1947 – Campanha em favor das vÃtimas da Guerra civil Paraguai;
1949 – Inundação na BolÃvia; Movimento subversivo na BolÃvia; Catástrofe na Guatemala;
1949 – Campanha em favor das vÃtimas do terremoto no Equador;
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1950 – Campanha em favor das vÃtimas do terremoto na Colômbia;
1952 – Socorro à Holanda;
1953 – Socorro à Grécia;
1962 – Ação de socorros por sugestão do Itamaraty aos argelinos refugiados na TunÃsia e em Marrocos;
1970 – Encaminhamento de 20 mil doses de vacina contra tifo e antitetânica para as vÃtimas do terremoto no Peru;
1971 – Remessa de socorro à s vÃtimas do Chile e da BolÃvia;
1972 – Atendendo ao Apelo Internacional a favor de 6.000 vÃtimas de inundações na BolÃvia; campanha de ajuda à s vÃtimas de calamidade em Manágua/ Nicarágua;
1975 – Doação de gêneros para à s vÃtimas de guerra no Vietnã, feitas através da filial do Paraná, foram transformadas em dinheiro, remetido à LIGA;
1976 – Campanha de socorro à s vÃtimas de terremoto na Guatemala atingiu o valor de 10.500.000,00 cruzeiros em alimentos e 200.000,00 cruzeiros em dinheiro, com a ativa participação das Filiais de SP, PR, RS, MG e BA. Foi a maior doação entre todas as Sociedades Nacionais da América;
1979 – Socorro à população da Nicarágua, vitimada pelo conflito interno, 32 (trinta e duas) toneladas de gêneros alimentÃcios diversos, também doados e transportados por avião da VARIG (Boeing 707), fretado pelo Itamaraty; remetido para o Paraguai 3600 quilos de roupas e medicamentos para atender as vÃtimas das enchentes, transportados gratuitamente pelas Linhas Aéreas Paraguaias; remessa de recursos para atendimento à população da Iugoslávia atingida por um terremoto através da LIGA, no valor de US $ 10.457,30, arrecadados pela Filial de São Paulo;
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1982 –Doação de soros e vacinas à CV Boliviana; doações as Sociedades Nacionais da BolÃvia, Madagascar, Peru, Tonga, Indonésia, Argentina, Paraguai, Angola, Guine Bissau, Zaire, LÃbano e Polônia;
1985 – 6.000 comprimidos de cloro e recursos financeiros para as vÃtimas das inundações no Chile; 10.000 comprimidos de cloro e 700 metros de polietileno para confecção de barracas para as vÃtimas das inundações na Argentina; campanha popular rendeu Cr$ 39.188.230; 7.500 comprimidos de cloro, 234 caixas de Primeiros Socorros, 3 caixas de medicamentos, 842 cobertores e 44.590 quilos de materiais diversos (medicamentos, roupas, etc…) em colaboração com o Ministério das Relações Exteriores para as vÃtimas do terremoto no México; 12.000 comprimidos de cloro, 45 caixas de roupas; 60 ataduras; 800 metros de polietileno; 20 lanternas; 750 metros de cretone para confecção de lençóis; 500 cobertores e recursos financeiros para as vÃtimas da erupção vulcânica na Colômbia;
1986 – Doações em dinheiro enviadas às seguintes Sociedades de Cruz Vermelha: CV Costa Rica (Desenvolvimento) FS$1.650,00; CV Mexicana (Terremoto) FS$5.647,00; CV Boliviana (Inundações) FS$ 5.423,00 7 toneladas de aveia e 10.250 comprimidos de cloro; CV Colombiana (Erupção vulcânica) 4 ambulâncias no valor de FS$ 41.551,00; CV Peruana (Inundações)FS$ 2.102,00 e 7 toneladas de aveia; CV Paraguaia (Desenvolvimento) FS$ 1.645,00; CV do Haiti (Inundações) FS$ 6.80300 e 13.98 toneladas de açúcar; CV da Jamaica (Desenvolvimento) FS$ 1.650,00.; CV de São Vicente (Furacão) FS$ 745,00 e 2.500 comp. De Cloro; CV de Serra Leoa (Desenvolvimento) FS$ 552,00; CV de Camarões (Erupção vulcânica) FS$ 1.223,00 e 2750,00 comprimidos de Cloro;
1987 – Participação em ação de Socorro em Ibarra, Equador. A CVB enviou o Subchefe do Departamento de Socorros, Prof. José Jorge de Souza, com a colaboração do Ministério das Relações Exteriores, prestando auxÃlio à s vÃtimas do terremoto ocorrido naquele paÃs. Foram transportados em avião da FAB, cerca de 15 toneladas de alimentos e vacinas;
Campanha SOS Moçambique. Em 30 de dezembro de 1987 foi transferida a soma lÃquida da campanha, no valor de USD 300.000 dólares para o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, na SuÃça, para ser usado na operação de transporte aéreo dos alimentos, medicamentos, sementes e outros itens da campanha de socorros à s populações carentes, deslocadas pela guerra em Moçambique, inclusive as crianças malnutridas e famintas que se encontram nos acampamentos. O CICV assistia as seguintes localidades: Nampula, Illova, Carungo (Inhassunge), Caia, Zambezi e Inhaninga.
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1988 – O Secretário-Geral, Cel. José Maria Teixeira da Fonseca, viajou para Asunción – Paraguai, como o Primeiro Delegado da CVB designado pela LIGA de Sociedades de Cruz Vermelha para uma ação de socorro internacional, acompanhamento como elemento de enlace e apoio junto à Sociedade Nacional Paraguaia o trabalho de assistência à s vÃtimas das enchentes do Rio Paraguai.
2004
27 de dezembro – CVB inicia campanha para as vÃtimas do Tsunami que atingiu o sul da Ãsia no dia 26 de dezembro. A maior campanha entre as Sociedades de Cruz Vermelha da América Latina.
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2011
Nos dias 11 e 12 de janeiro de 2011 a Região Serrana do Rio de Janeiro sofreu o que é considerado a maior catástrofe climática e geotécnica do paÃs, causado por fortes chuvas que provocaram enchentes e deslizamentos em sete municÃpios.
A Cruz Vermelha Brasileira através de suas filiais espalhadas pelo paÃs iniciaram uma corrente de solidariedade atendendo aos anseios da população brasileira. Prontamente a CVB lançou Apelos para angariar mantimentos e roupas para os desabrigados e cumpriu seu papel de auxiliar dos poderes públicos em ações humanitárias.
A ajuda veio de diversas partes do Brasil e do mundo. O Órgão Central junto com a Filial do Estado do Rio de Janeiro coordenaram as campanhas.
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